quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sentimento





“É como se todo o corpo gritasse

Um grito mudo, sem som
Cada passo, esse grito agudo de medo
De angústia
Pedindo, ansiando
Solicitando
Apenas qualquer parte de um todo
Ou o todo o completo, se sonhar
Se possível
É só a vontade de você
Que faz meu corpo e mente
Suplicarem e gritarem
De maneira visceral.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Chuva




Chuva:
É um fenômeno meteorológico que consiste na precipitação de gotas de água no estado líquido sobre a superfície da Terra. A chuva forma-se nas nuvens. Nem todas as chuvas atingem o solo, algumas evaporam-se enquanto estão ainda a cair, num fenômeno que recebe o nome de virga e acontece principalmente em períodos/locais de ar seco.
A chuva tem papel importante no ciclo hidrológico. A quantidade de chuvas é medida usando um instrumento chamado pluviômetro, de funcionamento simples: a boca de um funil de área conhecida faz a coleta das gotas de chuva e as acumula em um reservatório colocado abaixo do funil. Um observador vem no tempo de amostragem (1 vez por dia, 4 vezes por dia etc), e com uma pipeta com escala graduada, mede o volume de água acumulado no período. Por exemplo, ele pode ter medido que caiu 25 mm por metro quadrado nas últimas 24 horas. Para maior precisão no registro das alturas de chuvas utiliza-se um aparelho denominado de pluviógrafo que registra num gráfico as alturas de precipitações em função do tempo.

Na cultura


As culturas relacionadas à chuva diferem em todo o mundo. A chuva também pode trazer alegria, como alguns a consideram relaxante. Em locais secos, como a Índia, [113] ou durante períodos de seca, a chuva eleva o humor das pessoas. Em Botswana a chuva é usada como o nome da moeda nacional , em reconhecimento da importância económica de chuva neste país desértico. [115] Várias culturas têm desenvolvido meios de lidar com a chuva e têm desenvolveu inúmeros dispositivos de proteção, tais como guarda-chuvas,calhas, entre outros. Muitas pessoas acham o cheiro durante e imediatamente após a chuva agradável ou distintivo.
fonte: Uillian Pereira


terça-feira, 30 de outubro de 2012

ACROBATA - ACROBATORNIS FONSECAI


O ninho da espécie é esférico, feito com gravetos e situado na copa das árvores mais altas. A câmara oológica é feita com musgo e folhas. O acrobata pode construir ninhos falsos para confundir predadores ou como reserva de gravetos para a manutenção do ninho ativo.
É um pássaro de pequeno porte (cerca de 15 cm). Foi descrito das matas de tabuleiro do sudeste da Bahia. Vive em altitudes desde o nível do mar até 800 m, habitando as copas das cabrucas. Insetívoro, procura e captura alimento com movimentos acrobáticos que incluem "escaladas negativas" nos galhos.
A reprodução ocorre entre os meses de setembro e outubro.
É o único representante da família Furnariidae cuja plumagem dos jovens difere radicalmente da dos adultos (MACHADO et al., 2008)

GRUPO:  Aves
ESPÉCIE: Acrobatornis fonsecai Pacheco, Whitney & Gonzaga, 1996
NOME VULGAR: Acrobata
FATORES DE AMEAÇA: Perda/degradação de habitat, poluição.
BIOMA: Mata Atlântica
PLANO DE AÇÃO            
CENTROS DE PESQUISA: CEMAVE
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: Desconhecidas
REFERÊNCIAS   
- MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M. & PAGLIA, A. P. (eds) Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Volume II. 1.ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2008. 906 p.

Fonte: ICMBIO

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

POVO SOFRIDO DO SERTÃO







FOTO TIRADA NA MANHÃ DE ONTEM. UM VERDADEIRO CENÁRIO DE ASSOMBRO, DE DESOLAÇÃO. SE POSSÍVEL, MOSTREM ESSAS IMAGENS PARA O BRASIL, PARA O MUNDO. VAMOS MOSTRAR NOSSA SOLIDARIEDADE AO POVO SOFRIDO DO SERTÃO. 

Cidade: Andorinha BA
Fonte: Edna Duarte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Palma é Alimento

       



Para as pastagens, o emprego da palma forrageira é bastante conhecido na s regiões onde há longos períodos de estiagem, água escassa e pouca alternativa de alimento. Já na alimentação humana, o vegetal vem sendo utilizado em preparações culinárias, tradicionalmente, no México, desde o Império Asteca. Só muito depois, chegou à Itália, difundindo-se pela Europa. Hoje, esses preparos recebem toques sofisticados da alta gastronomia, em pratos e bebidas saborosos e nutritivos. Principalmente, porque a palma forrageira passou a ser vista como uma das possibilidades de combater a fome e a desnutrição, tão presentes no semi-árido nordestino. Inclui o fato desta planta ser aliada nos tratamentos de saúde (é rica em vitaminas minerais, contendo 17 tipos de aminoácidos).


Nutrição



Estudos sobre os componentes nutricionais da palma forrageira indicam se tratar de um vegetal mais nutritivo do que os comumente encontrados na culinária vegetariana, como a couve, a beterraba e a banana, com a vantagem de ter baixo custo, sem pesar no orçamento das populações mais carentes. Vale reforçar que em países como o México, Estados Unidos e Japão este vegetal é um alimento nobre, tradicionalmente servido em restaurantes e hotéis de luxo, em preparos como sucos, saladas, pratos guisados, cozidos e doces.



A palma forrageira é um alimento nobre em vários países, embora seja uma riqueza pouco explorada para a alimentação humana no Nordeste. A polpa da planta serve de base para o preparo de vários pratos doces e salgados.



No Brasil, o preconceito impede o consumo humano da palma em maior escala, sobretudo pelo nordestino que vive no campo. Este aceita, no máximo, a planta para ração animal, informa o engenheiro agrônomo, chefe do departamento técnico da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Jorge Prado, um dos maiores difusores da palma em nossa região. O agrônomo foi um dos organizadores do I Simpósio Nordestino de Palma e outras Cactáceas, realizado este mês em Fortaleza, durante o XIV Seminário Nordestino de Pecuária (PECnordeste). "No México, a palma é considerada a terceira hortaliça mais consumida pela população", salienta. Desde 2006 Jorge Prado vem se dedicando ao estudo aplicado da palma e seus benefícios econômicos e sociais. Implementar o plantio e esclarecer o produtor rural de seus benefícios tanto no consumo animal como no humano é o que mais interessa hoje. O agrônomo estima já ter trabalhado com cerca de 800 criadores de ovinos e bovinos. "A produção de palma minimiza as perdas, nos períodos de estiagem. É uma riqueza pouco explorada", diz Além da alimentação, há uma série de subprodutos que podem ser obtidos por meio da palma forrageira, confirma o Chefe Geral da Embrapa Tropical, Victor Hugo. Explica que estão relacionados com celulose e a nanocelulose, através das quais são obtidos produtos como adesivos, bioadesivos, xaropes e bebidas utilizadas em dietas especiais. A Embrapa Tropical, informa, possui um Laboratório de Valorização de Resíduos da Biomassa, onde são realizados estudos que avaliam as propriedades fitoterápicas da planta. Já sinalizam que ela ajuda a eliminar as toxinas do álcool e do fumo absorvidas pelo organismo. Também ajuda no metabolismo da gordura, contribuindo para reduzir a concentração de açúcar no sangue e das taxas de colesterol, assim como no controle do diabetes. Os estudos revelam que, por contar com muitas fibras solúveis e insolúveis, a palma ajuda no bom funcionamento do sistema digestivo, além de impedir a concentração de elementos cancerígenos.



Nutrição infantil



Há três tipos de palmas comestíveis. Em muitas localidades, o fruto da planta já é comercializado nos supermercados, conhecido como "figo da índia". Os diversos micronutrientes contidos neste vegetal (incluindo, uma grande quantidade de vitamina A, do complexo B e C, e minerais como o ferro, cálcio potássio e outros), de acordo com a professora da Universidade Federal da Paraíba e engenheira de alimentos, Ione Diniz, ajudam a evitar a cegueira noturna nos recém nascidos, além de colaborar para o crescimento das crianças. Ao alimentá-las desde cedo com a hortaliça, é observada uma melhora na saúde geral por se tratar de uma excelente fonte de nutrientes essenciais. A professora Ione Diniz ministrou oficina sobre os diferentes preparos da palma forrageira na alimentação humana durante o PEC nordeste. Sugeriu algumas formas de preparo como ingrediente de molhos de tomate, no picadinho ou como recheio. Durante o evento, foram produzidas refeições com a palma, a exemplo de tortas de forno e sucos. Os participantes tiveram a oportunidade de conferir a forma como é produzida a polpa da palma, que serve de base para a preparação de diferentes tipos de pratos. O bônus do consumo desta forrageira são os efeitos medicinais devido a suas propriedades anti-inflamatórias. Estudos recentes revelam que o consumo do vegetal pode contribui para a melhora dos quadros de dores crônicas e osteoporose.


Usos diversificadosOs frutos e raquetes (ou brotos) da palma forrageira são empregados em múltiplos usos:

Alimentação animal: por ser um vegetal rico em água e fibras, é empregado no preparo com silagem ou feno;

Alimentação humana: tanto a fruta da palma como as raquetes, na preparação de mais de 200 pratos e sucos;

Agroindústria: com preparação de diversos produtos e derivados, que resultam no uso das raquetes jovens e dos frutos;

Medicamento popular: é considerado antidiarreico, antidisentérico, peitoral, antiasmático , diurético, cardiotônico, antinflamatório, da bexiga e da uretra (no alívio das dores) e no tratamento do diabetes;

Corantes: os índios mexicanos produziam corantes (carmim);

Cosméticos: são produzidos vários produtos, a exemplo de xampus, loções e sabonetes;

Outras aplicações estão sendo pesquisadas, como adesivos, bioadesivos, xaropes e bebidas utilizadas em dietas especiais.
Fonte: "Palma Forrageira", de Francisco Brandão, Augusto Mesquita e Jucimara dos Santos

Receita
Quibe de broto de palma com soja
chá de azeite - 1 xícara
chá de açúcar - 1 colher
sobremesa de sal - 1 colher
palma fatiada em tirinhas - 4 copos
soja texturizada ou carne moída - 4 copos

Lave a raquete da palma; retire os espinhos e ferva por três minutos em água com um pouco de vinagre para retirar a substância viscosa ou "baba". Passe os temperos em uma panela e adicione a carne moída ou a soja, deixando refogar tampada. Adicione a água aos poucos, até que a carne/soja fique suave. Misture a palma até reduzir o caldo ao mínimo. Coloque em uma travessa e cubra com a nata ou creme de leite (opcional). Decore e sirva acompanhado de purê de batata doce, batatinha, inhame, aipim, polenta ou xerém

sábado, 20 de outubro de 2012

Os Patos de Rui Barbosa



Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada. E o ladrão, confuso, diz:"Dotô, eu levo ou deixo os patos?"

Foto: A Flying Duck orquídea (Caleana grande) da Austrália. 



Preserve o resto que nos resta

Foto: Em Quixabeira por Eli de Castro

Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro. 

Provérbio Indígena

LIBÉLULA - ACANTHAGRION TAXAENSE

É uma libélula de porte pequeno, de asas hialinas e iguais. A espécie caracteriza-se por apresentar a parte posterior da cabeça amarela e dorso do labro escuro. Abdômen negro, com faixas azuis dorsais.
A espécie possui apêndices superiores curtos, não ultrapassando os inferiores, com uma faixa de cerdas em forma de pincel. Os espécimens foram coletados na vegetação subarbórea que circunda a Pedra de Itaúna, no canal das Taxas, lagoa das Taxas e lagoa de Marapendi, no Recreio dos Bandeirantes, município do Rio de Janeiro. A situação da espécie é agravada em razão da grande expansão imobiliária que vem se verificando na região de ocorrência da espécie. (MACHADO et al., 2008)



GRUPO: Invertebrados Terrestres - Insetos
ESPÉCIE: Acanthagrion taxaense Santos, 1965
NOME VULGAR: Libélula; Cavalo-de-judeu
FATORES DE AMEAÇA: Perda/degradação de habitat
BIOMA: Mata Atlântica
PLANO DE AÇÃO:
CENTROS DE PESQUISA               
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
REFERÊNCIAS    - MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M. & PAGLIA, A. P. (eds) Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 2008, 1420 p. 1.ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente; Belo Horizonte, MG: Fundação Biodiversitas, 2008

Fonte:

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mandacaru



mandacaru (Cereus jamacaru), também conhecido como cardeiro, é uma planta da família das cactáceas. É comum no nordeste brasileiro e não raro, atinge até mais de 5 metros de altura. Existe uma variedade sem espinhos, usada na alimentação de animais. A variedade comum é altamente espinhenta e também é usada na alimentação de animais, quando seus espinhos são queimados ou cortados. O mandacaru resiste a secas, mesmo das mais fortes. As flores desta espécie de cactos são brancas, muito bonitas e medem aproximadamente 30cm de comprimento. Os botões das flores geralmente aparecem no meio da primavera e cada flor dura apenas um período noturno, ou seja, desabrocham ao anoitecer e ao amanhecer já começam a murchar. Seu fruto tem uma cor violeta forte. A polpa é branca com sementes pretas minúsculas, e é muito saborosa, servindo de alimento para diversas aves típicas da caatinga, como a gralha-cancã e o periquito-da-caatinga.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Sertão Nordestino




A dura vida do sertanejo

Dentre os muitos aspectos apresentados pela Região Nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando pobreza e fome. A partir dessa temática é importante entender quais são os fatores que determinam o clima da região, especialmente na sub-região do sertão, região que mais sofre com a seca. O Sertão nordestino apresenta as menores incidências de chuvas, isso em âmbito nacional. A restrita presença de chuva nessa área é causada basicamente pelo tipo de massa de ar aliado ao relevo, esse muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causando chuvas. No sul do Sertão ocorrem, raramente, chuvas entre outubro e março, essas são provenientes da ação de frentes frias com característica polar que se apresentam e agem no sudeste. As outras áreas do Sertão têm suas chuvas provocadas pelos ventos alísios vindos do hemisfério norte. No Sertão, as chuvas se apresentam entre dezembro e abril, no entanto, em determinados anos isso não acontece, ocasionando um longo período sem chuvas, originando assim, a seca. As secas prolongadas no Sertão Nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, esse aquecimento é denominado pela classe cientifica de El Niño, nos anos em que esse fenômeno ocorre o Sertão sofre com a intensa seca. A longa estiagem provoca uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais, a falta de produtividade causada pela seca provoca a fome.


Vegetação 

No Sertão e no Agreste o tipo de vegetação que se apresenta é a caatinga, o clima predominante é o semi-árido, esse tipo de vegetação é adaptado à escassez de água. Algumas espécies de plantas da caatinga têm a capacidade de armazenar água no caule ou nas raízes, outras perdem as folhas para não diminuir a umidade, todas com o mesmo fim, poupar água para os momentos de seca. 

Rios temporários ou sazonais 

Os rios que estão situados nas áreas do Sertão são influenciados pelo clima semi-árido, dessa forma não há grande incidência de chuvas. A maioria dos rios do Sertão e Agreste é caracterizada pelo regime pluvial temporário, isso significa que nos períodos sem chuva eles secam, no entanto, logo que chove se enchem novamente. Nas regiões citadas é comum a construção de barragens e açudes como meio de armazenar água para suportar períodos de seca.


Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia